“CRIANDO OPORTUNIDADES DE APRENDIZAGEM CONTINUADA AO LONGO DA VIDA” – Artigo de José Armando Valente (a ser publicado na Revista Pátio – Artes Médicas Editora)
Trata o artigo da valorização atual do conhecimento e da aprendizagem e da forma como as pessoas aprendem e adquirem conhecimento e o dissemina.
Quando crianças, existem nos indivíduos a predisposição em aprender de maneira não formal – isto é, fora da escola, de uma maneira ativa (caçador-ativo).
Com o passar dos anos, da infância à juventude o indivíduo tem priorizada a educação formal – ou seja, na escola, de modo passivo (receptor-passivo).
Na idade adulta, já profissionais, as pessoas podem usar tanto a predisposição de caçador-ativo quanto a de receptor-passivo, dependendo da ocasião.
Valorizando-se a idéia da educação continuada, em que o indivíduo aprende e ensina durante toda a sua existência, caberia à escola um papel de facilitador da aprendizagem. Mas a escola ainda não se apercebeu para este fato, em que pese ser ela, atualmente, o único ambiente de aprendizagem, mesmo com a preocupação da sociedade em adotar ou disseminar outros ambientes.
Cabe à escola descobrir, então, o seu verdadeiro papel na sociedade moderna, devendo, para isto, mobilizar-se para tal e entender a necessidade e a importância da aprendizagem continuada, que depende da confluência de três fatores: a predisposição da pessoa em aprender, a informação organizada e agentes que facilitem a aprendizagem.
terça-feira, 12 de junho de 2007
COMENTÁRIOS SOBRE O FILME “O SORRISO DE MONA LISA”
O sorriso de Mona Lisa (Mona Lisa Smile) é um filme de 2003 dirigido por Mike Newell e escrito por Lawrence Konner e Mark Rosenthal. O título é uma referência à "Mona Lisa", famosa pintura Leonardo da Vinci.
O filme é ambientado no início da década de 50, nos Estados Unidos da América, retratando uma tradicionalista escola feminina – Wellesley College.
A sociedade, a família, a diretoria da escola e a própria postura das alunas, inicialmente, são extremamente tradicionalistas. ´É neste ambiente que irá trabalhar a educadora Katharine Watson (Julia Roberts), com propostas educacionais que vão de encontro aos métodos de ensino adotados pela escola e bem assimilados pelas alunas, jovens inteligentes, mas que demonstram, inicialmente, uma postura passiva de não só de aprendizagem, mas também em relação à própria vida.
Em que pese a dispendiosa educação das moças, o que lhes reserva o futuro é a missão de se tornarem esposas cultas e dedicadas, sendo-lhes vedado, pela família, qualquer outro.
Exigindo uma atitude mais reflexiva e participativa das alunas, aos poucos a professora vai criando um ambiente de mudanças e conseguindo delas uma nova postura diante da vida, em que novas oportunidades surgem, mas sem podar o direito de escolha de cada uma, ao final, respeitando a decisão de cada uma.
É esta atitude que espera de um educador, que atuando como facilitador da aprendizagem, transmita ensinamentos e encoraje posturas que proporcionem aos alunos condições de decidirem suas vidas de maneira responsável.
O filme é ambientado no início da década de 50, nos Estados Unidos da América, retratando uma tradicionalista escola feminina – Wellesley College.
A sociedade, a família, a diretoria da escola e a própria postura das alunas, inicialmente, são extremamente tradicionalistas. ´É neste ambiente que irá trabalhar a educadora Katharine Watson (Julia Roberts), com propostas educacionais que vão de encontro aos métodos de ensino adotados pela escola e bem assimilados pelas alunas, jovens inteligentes, mas que demonstram, inicialmente, uma postura passiva de não só de aprendizagem, mas também em relação à própria vida.
Em que pese a dispendiosa educação das moças, o que lhes reserva o futuro é a missão de se tornarem esposas cultas e dedicadas, sendo-lhes vedado, pela família, qualquer outro.
Exigindo uma atitude mais reflexiva e participativa das alunas, aos poucos a professora vai criando um ambiente de mudanças e conseguindo delas uma nova postura diante da vida, em que novas oportunidades surgem, mas sem podar o direito de escolha de cada uma, ao final, respeitando a decisão de cada uma.
É esta atitude que espera de um educador, que atuando como facilitador da aprendizagem, transmita ensinamentos e encoraje posturas que proporcionem aos alunos condições de decidirem suas vidas de maneira responsável.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
CAER – Um testemunho
BALSAS/MA – 1964
População em torno de 6.000 habitantes
Distância da capital, São Luis – 850KM.
CAER – Centro de Assistência de Educação Rural
O CAER consistia em dar formação religiosa e cultural a um certo número de pessoas da zona rural, escolhidas dentre as mais disponíveis e com qualidades de liderança. Os escolhidos freqüentariam durante um mês, no ano, aulas sobre matérias do ensino primário, técnicas agrícolas, primeiros-socorros, didática e outros ensinamentos necessários ao processo planejado.O aluno concluiria o Curso ao final do terceiro ano de freqüência. Esta experiência foi tão proveitosa que o Curso foi reconhecido pela Secretaria de Educação do Estado do Maranhão, que passou a conceder o diploma de “MESTRE LEIGO” ao aluno que concluísse o Curso. Com a finalidade básica de trazer a melhoria da vida da população sertaneja, nos vários níveis de sua realidade, o CAER lançou as bases do desenvolvimento das futuras Comunidades Eclesiais de Base, que deram ao homem do campo visão mais crítica de suas condições de vida, tornando-o mais comprometido com a mudança social.
Texto extraído (com pequenas adaptações) do livro Pe. Ângelo de La Salandra: Uma vida, uma missão – Autora: Maria do Socorro Coelho Cabral..
BALSAS/MA – 1975
Neste ano eu era aluno do Colégio Pio X – sob a direção do Pe. Ângelo, um dos quatro grandes da cidade, ao lado da Escola Técnica (Contabilidade), Ginásio Balsense e Escola Normal.
BALSAS – 2007
População – 80mil habitantes
Notícia da Revista FOCUS (editada na cidade)
O primeiro processo seletivo da Faculdade de Balsas foi realizado no último dia 14 de janeiro, com 683 candidatos inscritos para 300 vagas em três cursos: Administração, Ciências Contábeis e Sistemas de Informação.
O padre Ângelo, um dos idealizadores e executores do CAER costumava repetir aos seus alunos que “devíamos estudar não só para a escola, mas para a vida”. Aos professores, dizia que eles eram “o espelho da comunidade.”
É gratificante ver as sementes plantadas por um educador germinarem e darem inúmeros frutos bons. De certa forma, partícipe do processo, vivenciei a luta deste italiano de nascimento e brasileiro de coração para que nos tornasse verdadeiros homens, com uma grande preocupação social, por meio da educação. Posso garantir-lhes que vivi com inúmeros conterrâneos que, vindo das terras áridas e da dura rotina sertaneja, sem desmerecer os ficaram na terra, abraçaram-se aos estudos, como tábua de salvação ou em busca de mais oportunidades e, hoje, são profissionais de sucesso, nos mais diversos ramos, ajudando, em muitos casos, aos familiares que ficaram e, como pais, disseminam os ensinamentos do mestre não só aos seus filhos. Este foi o grande mérito do Padre Ângelo, que com uma visão de futuro, formou homens multiplicadores não só conhecimentos, mas também de atitudes.
População em torno de 6.000 habitantes
Distância da capital, São Luis – 850KM.
CAER – Centro de Assistência de Educação Rural
O CAER consistia em dar formação religiosa e cultural a um certo número de pessoas da zona rural, escolhidas dentre as mais disponíveis e com qualidades de liderança. Os escolhidos freqüentariam durante um mês, no ano, aulas sobre matérias do ensino primário, técnicas agrícolas, primeiros-socorros, didática e outros ensinamentos necessários ao processo planejado.O aluno concluiria o Curso ao final do terceiro ano de freqüência. Esta experiência foi tão proveitosa que o Curso foi reconhecido pela Secretaria de Educação do Estado do Maranhão, que passou a conceder o diploma de “MESTRE LEIGO” ao aluno que concluísse o Curso. Com a finalidade básica de trazer a melhoria da vida da população sertaneja, nos vários níveis de sua realidade, o CAER lançou as bases do desenvolvimento das futuras Comunidades Eclesiais de Base, que deram ao homem do campo visão mais crítica de suas condições de vida, tornando-o mais comprometido com a mudança social.
Texto extraído (com pequenas adaptações) do livro Pe. Ângelo de La Salandra: Uma vida, uma missão – Autora: Maria do Socorro Coelho Cabral..
BALSAS/MA – 1975
Neste ano eu era aluno do Colégio Pio X – sob a direção do Pe. Ângelo, um dos quatro grandes da cidade, ao lado da Escola Técnica (Contabilidade), Ginásio Balsense e Escola Normal.
BALSAS – 2007
População – 80mil habitantes
Notícia da Revista FOCUS (editada na cidade)
O primeiro processo seletivo da Faculdade de Balsas foi realizado no último dia 14 de janeiro, com 683 candidatos inscritos para 300 vagas em três cursos: Administração, Ciências Contábeis e Sistemas de Informação.
O padre Ângelo, um dos idealizadores e executores do CAER costumava repetir aos seus alunos que “devíamos estudar não só para a escola, mas para a vida”. Aos professores, dizia que eles eram “o espelho da comunidade.”
É gratificante ver as sementes plantadas por um educador germinarem e darem inúmeros frutos bons. De certa forma, partícipe do processo, vivenciei a luta deste italiano de nascimento e brasileiro de coração para que nos tornasse verdadeiros homens, com uma grande preocupação social, por meio da educação. Posso garantir-lhes que vivi com inúmeros conterrâneos que, vindo das terras áridas e da dura rotina sertaneja, sem desmerecer os ficaram na terra, abraçaram-se aos estudos, como tábua de salvação ou em busca de mais oportunidades e, hoje, são profissionais de sucesso, nos mais diversos ramos, ajudando, em muitos casos, aos familiares que ficaram e, como pais, disseminam os ensinamentos do mestre não só aos seus filhos. Este foi o grande mérito do Padre Ângelo, que com uma visão de futuro, formou homens multiplicadores não só conhecimentos, mas também de atitudes.
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